3 de abril de 2018

Círculos



Há quase 20 anos li o Milionésimo Círculo de Jean Shinoda Bolen e de cara me senti arrebatada pelo conceito dos círculos de mulheres. Na época não fazia ideia de como encontrar um.

De lá para cá participei de um círculo virtual, criado por Leonie Dawson e depois do círculo presencial conduzido pela querida Cristiane Marino, que decididamente foi um marco em minha vida.

Aos poucos fui percebendo que os círculos de mulheres acontecem naturalmente em meu dia a dia, de diversas formas. Já participei de grupos de mulheres cujo interesse era o parto; criei um grupo de tricoteiras; participei de um grupo de coral; participei de um grupo de bordadeiras com mães, avós e tias de uma escola de arte; faço parte de um lindo grupo de mães que naturalmente se ajuda, se escuta, se cuida.

Agora estou vivendo a oportunidade de conduzir oficinas voltadas para mulheres e isto tem sido algo  recompensador (e inimaginável para mim há algum tempo!).

Iniciei este ano conduzindo minha própria oficina: Comece por Dentro, baseada no Life Planner anual de Leonie e incrementada com minhas próprias experiências e vivências.

No mesmo mês, a convite de minha parceira de círculo, Raphaela de Campos Mello, tive a honra de participar como "co-condutora" da oficina: Expressões do Feminino.

Somado a isso, atualmente tenho o privilégio de ser assistente da própria Cristiane, uma das grandes mestras que encontrei pelo meu caminho de buscas.

Olhando para trás vejo o tanto de coisas que vivi, aprendi e o tanto que ainda tenho a viver e a aprender.
Um grande sentimento de gratidão me vem por todas essas mulheres que se tornaram mestras, amigas, incentivadoras, companheiras de matilha, de escola, de bordado, de vida...

Hoje os frutos que espalho pelo mundo trazem um pouco de cada uma delas.
E sigo recebendo um pouco de cada mulher que vai chegando em minha vida.
É um círculo do bem que não tem fim.

...............................

E lindo é perceber que os homens também começam a despertar (em maior quantidade) para a importância e o poder de círculos assim.
Acredito que essa será a grande cura para esse nosso mundo que muitas vezes parece tão desgovernado: o equilibrio entre as energias masculinas e femininas.

Autoconhecimento, empatia, companheirismo.
Que surjam muitos círculos de pessoas dispostas a olharem para suas sombras e equilibrarem suas energias.



27 de julho de 2017

Sopa para sorrir

Tomei esta sopa-delícia em um café vegano em um desses dias frios de julho. Gostei tanto que na primeira oportunidade fiz a minha versão aqui em casa.

O conceito: gengibre, legumes, leite de coco e tiras de proteína de soja.
O resultado: uma sopa com caldo espesso -- levemente cremoso -- e pedaços de legumes.

Não sou fã de proteína de soja, mas nesta sopa caiu muito bem. Não usei porque não tinha em casa, mas já encontrei para comprar e usarei da próxima vez.
Sopa para aquecer e, definitivamente, para saciar a fome!

Agora, a receita.
Na hora de preparar qualquer prato escolho os ingredientes considerando o aspecto nutritivo, a cor, a textura e o sabor de cada item.
Vou compondo de acordo com o que tenho, misturando, acrescentando.

E esta saiu assim:


Ingredientes

2 colheres (sopa) de gengibre fresco ralado
1/2 cebola
3 inhames médios
2 batatas doces roxas
1 chuchu
1/2 abóbora japonesa (sem semente, com casca)
água filtrada (o quanto baste)

1 xícara de leite de coco (usei um que eu mesma fiz e estava congelado esperando "a" receita)
1 colher de sopa de caldo de legumes em pasta (também usei o que eu faço)
Um tantinho de cominho em pó
Mais um tanto de párika doce defumada
Noz moscada em pó
Sal a gosto

Modo de fazer
Em uma panela de pressão refogue rapidamente a cebola picada e o gengibre ralado em um pouco de óleo (uso de girassol ou de milho).
Junte os legumes em cubos.
Acrescente água suficiente para cobrir bem os legumes (para uma sopa menos densa, pode-se pôr mais água. Aqui vale a preferência de cada um). Adicione o leite de coco, o sal e as especiarias.
Misture bem e tampe a panela. Mantenha em fogo alto. Após pegar pressão, baixe o fogo e marque de 15 a 20 minutos. Após a pressão sair, abra a panela e acerte o sal.

A abóbora desmancha facilmente, então o caldo já estará um pouco encorpado. Se quiser mais cremosa, bata um pouco (bem pouco) com um mixer apenas para tornar o caldo mais grosso, mas deixe pedaços de legumes para dar mais consistência à sopa.

Na hora de servir, acrescente uma erva fresca -- usei alecrim fresco colhido na hora. *ai, ai... que delícia de perfume...*.

Se você fizer esta receita, depois vem aqui contar se você não comeu sorrindo e suspirando de alegria.
Eu fiquei assim nas vezes que comi! ;o)

23 de junho de 2017

Espalhando ao vento



Este cantinho andou quieto por um booom tempo.
Por aqui bateu um vento forte que deu uma boa revirada no ninho.
A vida mudou um tanto, mas segue cheia de desafios e bonitezas.

Mesmo sem postar por aqui, sigo eventualmente postando no Instagram. Coloco lá, uma imagem e um texto curto. Bem do jeito que eu gosto, ao estilo de minhas antigas postagens *this moment*.

Ultimamente tenho trabalhado firme para retomar meu trabalho online. Site, blog, Instagram, Facebook... Estou integrando tudo e procurando organizar minhas ideias e criações. E o mais importante: comecei a divulgar e contar para todo mundo o que eu faço.

Seguindo a frase divertida do "cara da buzina": "quem não comunica, se estrumbica" -- comecei a me comunicar!

Por isso passei para contar o que ando fazendo e deixar o convite para quem desejar conhecer minhas novas criações, visitar meu site Passarim que é ligado a este blog.

Conheça meus trabalhos, inscreva-se em minha lista de emails, conte para quem você gosta.
Eu agradeço 💜

2 de setembro de 2016

Registro de uma performance



Mudanças.
Acontecem dentro, borbulham, explodem.

Fiz esta figura de argila há anos. Na época ela simbolizou fortemente uma sensação interna de espera. Espera pelo que viria, espera pelo que aconteceria lá no futuro.

Aconteceram muitas coisas desde então. Segui trabalhando, me tornei mãe, parei de trabalhar (mas não de criar), estudei, aprendi, ultrapassei meus limites por não conhecê-los claramente... quase implodi.

Ano passado, olhando para minha estatueta achei que seria importante libertá-la.
Libertá-la desta posição de passividade, de espera.
Minha intenção era que ela se pulverizasse levando junto consigo meus medos e apegos.

Soltei-a do alto sem dó nem raiva. Simplesmente a deixei ir.
Uma metáfora concreta das minhas intenções de desapego.
Desapego dos meus medos, das minhas ilusões, das minhas inseguranças...
Uma ação consciente, tranquila e cheia de significados.





Bom seria se fosse assim fácil me desapegar de tudo isso.
Esta ação é somente parte do processo, mas estou caminhando.

Às vezes dói, às vezes surgem dúvidas, mas até agora tem sido libertador, apesar da dor.
Sigo aprendendo a escolher o amor.
Sigo em frente.

E as mudanças internas e externas continuam...

23 de junho de 2016

The book is on the table


Uma forma divertida de estudar inglês. ;o)
Enquanto eu cozinhava íamos brincando.
O moleque fez mímicas dos verbos e depois escreveu uma lista de animais na lousa.
E rimos. :o)

Porque tem horas que a gente acerta no desafio de fazer uma criança cheia de energia estudar brincando.
Ufa!

20 de junho de 2016

Atente


Atentando aos sinais que a vida dá.
(alguns bem óbvios, bem sei...)

15 de junho de 2016

13 de junho de 2016

Ilustrando

A vontade de ilustrar anda forte.
No fim de semana precisei desenhar as palavras que li.


Do primeiro encontro de Liz Gilbert com o xamã Ketut Liyer, do livro "Comer, rezar, amar" -- livro que estou relendo no "repeat". Acabo e volto pro começo, retomo trechos e leio de novo... Que bom tê-lo em mãos!

1 de junho de 2016

Instagram

Ops!

Consegui colocar uma galeria com as imagens do Instagram aí ao lado.
Convido quem passar por aqui a conhecer meu Mundo Ilustrado.
Serão 30 dias de desafio! Eu e um monte de gente cheia de ideias já embarcamos.

Vai lá!
Quem sabe você se inspira também e entra na brincadeira. :o)

Meus pios no Instagram! ;o)

31 de maio de 2016

30 ideias em 30 dias



Este é o desafio criativo proposto pela Rafa Cappai, do site Espaçonave.
#30ideias30dias
Embarquei e estou começando amanhã.

O meu tema será "Mundo Ilustrado".
Minha proposta é ilustrar sem riscar, sem pintar, sem desenhar.
Criar ilustrações com o que estiver à mão. Transformar uma coisa em outra através da imagem formada.

Para começar inspirando, ilustro este post com uma foto que fiz há quase um ano brincando com as flores caídas de um ipê-roxo que sempre me faz feliz ao florescer.

E o desafio dentro do desafio foi criar outro canal (ui!). Eu que não ando muito constante por aqui, agora tenho também um Instagram. As #30ideias30dias vão rolar por , mas virei dar notícias por aqui sempre que der.

Estou empolgada -- e com um friozinho na barriga...
Que a disciplina esteja comigo!


11 de maio de 2016

Deixando o Sol entrar

ou... lições de um jardim semi abandonado



No jardim quase abandonado, as plantas brotam naturalmente. Descontroladamente.
Brotam porque a vida não para.

Enroscadas, crescem como podem.
Em seu desequilíbrio apóiam-se umas nas outras. Frágeis suportes.
Desequilibram as que estão próximas. Fazem sombra, disputam espaço.
Crescem tortas, estreitas, torcidas, sem vigor, sem identidade.
Espicham-se para alcançar o sol. Sobrevivem.
Equilibram-se em seu desequilibro.


Um olhar distraído acha até bonito: tanto verde, tanta vida.
Um olhar mais atento enxerga um sistema fraco, doente, escuro, abafado.
Plantas tristes.
Não conseguem dar o melhor de si. Não vicejam, não deixam vicejar...
São todas inerentemente lindas, cheias de qualidades, cada uma possui características próprias e especiais. Mas nada disso aflora.

Aí vem o dia em que tudo muda.
Cortar, limpar, tirar, abrir espaço, deixar o sol entrar.
Ar!



Preparar-se para o novo.
Equilibrar.
E confiar.

Na manhã seguinte, o sol entrou.

2 de maio de 2016

Cuidado amoroso


Regar,
Cuidar,
Se enternecer.
E sorrir.

25 de abril de 2016

Oásis entre linhas


Mães e avós. Mulheres.
Mãos, desenhos, riscos, ideias.
Tecidos, linhas e agulhas.


Aprendizado compartilhado, distribuído e comemorado.
Duas horas por semana de pausa. Presença total no momento.


Um oásis nas entrelinhas do dia-a-dia.

18 de abril de 2016

Ovo





-- Mãe, de que bicho você acha que é esse ovo?

De olhar, imaginei que fosse de lagartixa (ah... O que mães e pais tem que saber...)
A certeza veio pela internet.

O descobridor do ninho de lagartixa foi o filhote, que com seu olhar de raio X identificou (sei lá como) algo diferente em uma fresta do concreto do estacionamento.
Olhou, observou, vasculhou e no dia seguinte, munido de uma caixinha de acessórios para pegar coisas inusitadas, acabou pescando de lá um ovinho.



Levou o ovo para casa e em um pote plástico colocou terra, folhas, tiras de jornal e um pouco de água. Cobriu com um tule e deixou em um canto da varanda.

-- Por que, água, filho?
-- O ninho de lagartixa tem que ser quente úmido, mãe. Eu pesquisei.

Santo Google que ensina até a fazer ninho de lagartixa.

Dias depois encontramos o ovinho quebrado (é ele aí na foto do início do post) e a lagartixinha escondida no meio das folhas... Êêê! Deu certo! (ufa...)


Ela ganhou um lar temporário, para que pudessemos observá-la melhor e, logo em seguida, assim que o menino distraiu, ela fugiu da caixa e sumiu pelos cantos a procura de bichinhos para comer.


...

Por aqui o interesse na vida animal continua o mesmo. Sempre que aparece uma oportunidade, estamos nós de olho. Planeta Terra ao vivo e sem cortes.

11 de abril de 2016

Amizade platônica



Nas férias de verão, buscando uma leitura gostosa para os momentos de areia, sal e mar, voltei a um livro lido 2 anos atrás: “A assinatura de todas as coisas”, de Elizabeth Gilbert.
Durante esta segunda leitura constatei que na primeira vez que o li, simplesmente devorei a história (ainda se usa estória?... Este livro é uma ficção).

Desta vez, sem a ansiedade de saber o que vem a seguir, pude saboreá-lo.
O livro é genial. Os personagens são saborosos, a história envolvente, as lições de vida naturalmente sábias. Recomendo fortemente sua leitura.

O que Elizabeth Gilbert escreve, seja ficção ou não, geralmente me toca.
“Comer, rezar, amar”, me arrebatou (parênteses para ignorar o filme, que considero decepcionante...); “Comprometida”, achei interessante, mas sem grande alarde; e “A assinatura de todas as coisas”, bom... acabo de registrar acima. Atualmente estou lendo "Grande Magia", seu livro mais recente... de-mais (merece um post exclusivo).

Fui buscar mais informações sobre ela e aí que me encantei de vez... Suas entrevistas mostram um ser humano do tipo que dá vontade de ter por perto. Alguém com sabedoria, sem afetação e muita sinceridade. Bom de ver, ouvir e aprender.

Nessa onda de ler, reler, ouvir e assistir Elizabeth Gilbert, eu descobri uma coisa: (a própria Liz não sabe, mas...) ela é uma graaande amiga minha. ;o)

8 de março de 2016

Mulher

Há 10 anos, no dia 8 de março, eu estava com um barrigão enorme.
Minha primeira barriga, minha primeira gestação.


Eu boiava (ou flutuava?) em uma névoa formada por vários sentimentos: espectativa, esperança, curtição do momento, ansiedade, alegria... Tudo isso inserido em um clima de calmaria que antecede as grandes mudanças. 

Lembro bem do silêncio interno. Inabalável. 
E foi bem aí, no meio deste silêncio, que em uma madrugada de gestante insone, me veio a inspiração para escrever esta oração. As palavras surgiram num fluxo constante, uma após a outra. Uma tomada de consciência dias antes do meu primeiro parto.

Tenho um carinho especial por esta oração. Ao lê-la me sinto forte -- e sempre me emociono. Ainda não sei bem como saiu tudo isso de dentro de mim. 
Também é algo surreal olhar para minha filha hoje em dia e pensar que ela já foi tão passarinha que coube dentro de mim. Milagres da vida. 

Sempre que tenho uma grávida próxima a mim, ofereço esta oração – que não é minha mas de todas as mulheres, sejam mães ou não, afinal todas criam, cuidam, gestam.

Por isso, no dia Internacional da Mulher, com o sagrado feminino despertando cada vez mais intensamente à nossa volta, ofereço esta oração a todas e todos que passarem por aqui. 

Uma oração que tanto pode ser para uma mulher prestes a dar a luz a um bebê, quanto a toda uma irmandade que aflora neste planetinha azul para trazer cada vez mais luz ao nosso mundo. 

ORAÇÃO PARA UMA BOA HORA 
Alê Passarim, março 2006 
Que no momento do parto as forças da natureza ajam através de mim. 
Que meu corpo ouça sua sabedoria inata. 
Que eu identifique e deixe aflorar com coragem e confiança, os instintos e sinais do meu corpo. 
Que o parto seja uma expressão natural do meu corpo, mente e espírito. 
Que eu libere toda a energia necessária para simplesmente parir e assim possibilite que o bebê faça sua passagem de forma tranquila e natural. 
Que deste parto nasça um novo e saudável ser; nasça também uma nova mulher. Ambos inteiros, plenos de si e conscientes da força inerente que possuem. 
Amém.

23 de setembro de 2015

Ostara - Deméter - Ceres

E então... é Primavera!
Os jacarandás estão roxamente floridos e os sábias alaranjadamente cantam pela cidade toda.

Em homenagem a esta nova fase pintei esta Ostara - Deméter - Ceres.
Todas representam este despertar da natureza, a renovação do ciclo, a abundância, a vida.

Feliz Estação Nova! :o)


(e eu com vontade de voltar.)

12 de fevereiro de 2015

Viver no presente

 
L., saiu com as amigas num fim de semana. Foram ao teatro comemorar o aniversário de uma delas.
A  mãe da aniversariante depois me enviou fotos da tarde gostosa.

Adoro sentir um pouco desses encontros através das imagens.
Ver as carinhas sapecas e risonhas dessa turminha de meninas de 8/9 anos.
Dá para "ouvir" o falatório incessante e empolgado.


Chamo a filha para ver as fotos.
Ela tranquilamente responde:

-- Eu já vivi esses momentos, mãe.

E continua na atividade em que estava.
Simples assim.

...
...
...

E eu aqui lendo Osho, Thich Nhat Hanh e tantos outros para conseguir estar no presente.

11 de fevereiro de 2015

INfinito


 
-- Mãe o céu é infinito mesmo?
-- Que eu saiba é, T.
-- Vai ver ele é infinito porque ainda não descobriram o fim dele.

9 de fevereiro de 2015

dia bom



Na minúscula varanda: um dos "bom dia(s)!" que recebi hoje.

:o)

6 de fevereiro de 2015

* this moment *

Um jeito gostoso de blogar às sextas-feiras.
Me junto à Amanda, do SouleMama, numa reflexão fotográfica sobre a semana que vai chegando ao fim:

"{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words -
capturing a moment from the week. 
A simple, special, extraordinary moment.
A moment I want to pause, savor and remember."

***


5 de fevereiro de 2015

Para o meu pai


La Montanara

Là su per le montagne,
fra boschi e valli d'or,
tra l'aspre rupi echeggia
un cantico d'amor.
Là su per le montagne,
fra boschi e valli d'or,
tra l'aspre rupi echeggia
un cantico d'amor.

La montanara o-he
si sente cantare,
cantiam la montanara
e chi non la sa?
La montanara o-he
si sente cantare,
cantiam la montanara
e chi non la sa?

La montanara o-he
si sente cantare,
cantiam la montanara
e chi non la sa?
La montanara o-he
si sente cantare,
cantiam la montanara
e chi non la sa?

Là su sui monti
dai rivi d'argento,
una capanna cosparsa di fiori.
Era la piccola
dolce dimora
di Soreghina
la figlia del sol.

La figlia del sol.